sábado, 28 de julho de 2007

Amor, Prazer.

OK, comecei a escrever as 5:10AM terminei as 6:06AM, dêem valor.

Esse meu texto é muito mais informal que as outras pérolas que escrevo. Trata-se de um assunto mais casual também, posso me deixar recair sobre os detalhes mais sólidos e os vãos e dispensáveis anceios. A pessoa que me inspirou no mesmo provavelmente e infelizmente talvez nunca chegará a lê-lo, ou se isso ocorrer não vai ter a reção que eu desejo, mas sim a que eu lastimavelmente presumo, não que seja sua culpa. É fruto de um destino cruel que plantamos, e não há do que mais reclamar.

Não sei se todo mundo já teve um amor, ou está tendo, mas certamente quem participa de uma das duas
alternativas há de convir que parece ser a melhor sensação do mundo, quando não é. Trata-se não de eras
sensações que o seu cérebro transmite, mas sim de paradigmas que quebram a barreira da racionalidade, nos fazem questionar o incontestável, enchem de incógnitas nossos principais conceitos, perguntamo-nos sobre a real existência dessa força maior que nos guia afinal, e chegamos a conclusão que nos sempre foi dita: não há explicação. Não há mais sublime sentimento que faça com que o corpo seja facilmente manipulado que este.

Se fosse uma empresa seria a com mais filiais do mundo, e suas ações estariam valendo preço de banana e rendendo vidas. Se há no universo algum centro, com certeza é o amor. E o que melhor pra representar o amor que o beijo. Existem infinitas formas de amor, cada uma com sua propriedade, mas todas deixam alguem feliz, ao menos. O amor é mero sopro de vida que nos guia a ações que certo dia iremos nos questionar se realmente foi certo o que fizemos. Mas contraposto ao amor há um 'ser' incontestavelmente perverso e maligno, não no real sentido da palavra, mas sendo algo que faz com que nos desfaçamos do amor para nele entrar; ele nos iludi, nos faz crer coisas potencialmente estúpidas, ele é o senhor de todos os desafetos, é o anti-amor.

Você pode estar se questionando se esse anti-amor é o ódio: não é. Esse sentimento cria a sensação de ser amor, e nos leva ao trampolim do mesmo, mas ao fundo não há um mar de pétalas, e sim um chão tão sólido e cruel como nunca houve. O anti-amor não é mal intencionado, só age de ingenuidade, e nos leva a tomar atitudes certamente inadmissíveis, atos que nos remetem aos primórdios do ser, mas que afinal são meras idiotices sem fim óbvio. É preciso saber distinguir um do outro, mas isso, creio eu, é tão fácil quanto
inviável.

Mas além de ser sentimento, o amor é também físico. Quando demonstrado em suas formas mais sólidas que percorrem o cume do sentimento, é então capaz de transmitir sensações físicas, de machucar e de fazer feliz. Em linhas gerais há o ápice e o fundo do poço, sendo respectivamente o sorriso sincero e a lágrima. Entre um e outro existem vários fatores cruciais. Para um sorriso sincero precisa-se de um amor sincero, que geralmente vem acompanhado de um beijo sincero. Um beijo sincero nada mais é que a maior descoberta humana na história.

O beijo sincero é aquele que se desdobra em calafrios da raiz dos cabelos às pontas dos dedos, no momento em que existe faz o homem ser mais feliz como nunca, a união dos lábios é a comunhão divina da paixão que não tem preço, nos tira do mundo real, e derrepente tudo em volta fica mudo, e nada mais se ouve, só o barulho das línguas se tocando e fazendo uma valsa celestial. O beijo sincero não tem local nem hora marcada, é totalmente propício em todos os lugares. É o beijo que nos deixa meses pensando nele, e o meu aconteceu em um estacionamento, haveria lugar melhor? Sim! Qualquer lugar! O importante não é onde, mas quem, especificamente com quem.

Enquanto há o toque os corpos tornam-se um só e extremecem de paixão, desejando nunca se separarem. Mas como a vida não é um mar de rosas, há sempre empecílios para testar a intensidade do amor. Um deles é o acima citado anti-amor, que pode ser inclusive você mesmo, como no meu caso. Memórias passadas voltam à tona e levam o amor, criam a falsa ilusão decorrente do anti-amor e sobrepõe-se às atuais prioridades. É a queda do muro de roma, entram os bárbaros e saqueiam as aldeias, estupram as mulheres, escravizam os homens. Mas a vida é longa, e mais beijos sinceros virão, mas quando houver você os reconhecerá apenas depois.

Depois da queda da ligação física e consequentemente da amorosa, é uma árdua e penosa tarefa reaver alguns legados amorosos, algumas sensações e desejos que voltam à tona em apenas um dos dois lados. Mas há esperança. Há esperança da felicidade ser a mais pura das existentes. Há esperança de se amar como nunca, e de usufruir de cada instante como sendo ímpar. Há esperança de que os corpos se reencontrem no equilíbrio do amor sincero que nos felicita a cada instante. Árdua sina a do amor...'

Rodollfo S. D. Bernini

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